Colaboradores

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Em Monteiro, Benedito e João Redondo descobriram a mazurca e fizeram a criançada se esbaldar com o teatro de bonecos popular

O fim de semana reservou muitas alegrias e também aumentou as experiências vividas pela equipe da Cia Boca de Cena. Primeiro porque estávamos contentes em voltar à estrada para promover o teatro de bonecos popular e, tanto, que nem nos importamos em madrugar para enfrentar uma viagem de cinco horas rumo ao Cariri paraibano.
Portal de entrada da cidade de Monteiro

Firmes, fortes e animados, desembarcamos no fim da manhã de sábado (21/09/2013) em Monteiro onde nos alojamos em uma pousada para planejar todo o trabalho que desenvolveríamos ali. No início da tarde do mesmo dia saímos em busca de informações a respeito do município para a nossa pesquisa de mapeamento e, desde aí, nos impressionamos com a riqueza cultural da cidade. Monteiro além de ser uma bela cidade, detém um rico e variado repertório artístico/cultural, com representantes na música, poesia, literatura, arquitetura, produção audiovisual e principalmente na cultura popular.
E o fim de tarde já levou toda equipe à praça da alimentação do Parque das Águas (local dos eventos) para abrir alas ao espetáculo do babau tradicional com o nosso parceiro mestre Clóvis de Guarabira que arrebatou a noite com cem por cento de interação com o público infantil.
O babau de mestre Clóvis animando a criançada

Na manhã do domingo (22/09/2013) fomos a campo capturar imagens para o documentário do projeto e dados para a pesquisa de mapeamento quando, por indicação do nosso grande guia cultural e articulador 'Sebastião César', visitamos a casa do Mestre Zé Preto e dona Rosa, sua esposa, que nos acolheram e apresentaram a Mazurca (dança popular em pares, coreografada a partir da batida dos pés como uma espécie de marcação percussiva) e emocionaram a equipe ao entoar a “incelença” (canções populares ligadas aos rituais fúnebres).
Equipe Boca de Cena em pesquisa na casa de mestre Zé Preto e dona Rosa

Apesar de Monteiro não possuir representantes da prática do teatro de bonecos popular, foi um enorme prazer para os integrantes da Cia Boca de Cena aprender e conhecer a Mazurca, o Teatro Jansen Filho, a Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores, o espaço de artesanato Casa Progresso e seu proprietário Paulo, o memorial Pinto do Monteiro e se deliciar nos dias quentes e noites frias da cidade.
Mas o encerramento à noite bem que poderia ser o máximo para fechar com chave de ouro este belo recomeço não é mesmo? Porém, ficou incompleto! Infelizmente, por problemas técnicos na estrutura física do local sugerido pela Prefeitura Municipal da cidade, a caixa de energia elétrica que dava suporte ao local do evento não suportou os equipamentos o espetáculo ‘Colcha de Retalhos’ que não pode ser finalizado. Ficamos às escuras por três tempos consecutivos, o que nos obrigou a encerrar a apresentação da Cia Boca de Cena para preservar nossos equipamentos de possíveis danos maiores, como também os equipamentos dos comerciantes que ali estavam.
Mestre de cerimônia do espetáculo 'Colcha de Retalhos' - Coelho Banzé

Mesmo assim, o público que praticamente lotou o Parque das Águas, mostrou-se satisfeitíssimo com a passagem do projeto por lá e as apresentações do teatro de bonecos popular.
É isso aí gente, voltamos de Monteiro com todo o gás necessário para continuar explorando toda a riqueza cultural e artística da Paraíba de um canto a outro. Com nossos sinceros agradecimentos ao patrocínio do Governo do Estado da Paraíba, através da Secretaria de Estado da Cultura e apoio cultural da Prefeitura Municipal de Monteiro, semana que vem tem muito mais!
Descortinando a tenda para apresentação do babau


Texto - Anderson Santana

Supervisão Pedagógica – Amanda Viana

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