O fim de semana reservou muitas
alegrias e também aumentou as experiências vividas pela equipe da Cia Boca de
Cena. Primeiro porque estávamos contentes em voltar à estrada para promover o
teatro de bonecos popular e, tanto, que nem nos importamos em madrugar para
enfrentar uma viagem de cinco horas rumo ao Cariri paraibano.
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Portal de entrada da cidade de Monteiro |
Firmes, fortes e animados,
desembarcamos no fim da manhã de sábado (21/09/2013) em Monteiro onde nos
alojamos em uma pousada para planejar todo o trabalho que desenvolveríamos ali.
No início da tarde do mesmo dia saímos em busca de informações a respeito do
município para a nossa pesquisa de mapeamento e, desde aí, nos impressionamos
com a riqueza cultural da cidade. Monteiro além de ser uma bela cidade, detém
um rico e variado repertório artístico/cultural, com representantes na música,
poesia, literatura, arquitetura, produção audiovisual e principalmente na
cultura popular.
E o fim de tarde já levou toda
equipe à praça da alimentação do Parque das Águas (local dos eventos) para
abrir alas ao espetáculo do babau tradicional com o nosso parceiro mestre
Clóvis de Guarabira que arrebatou a noite com cem por cento de interação com o
público infantil.
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O babau de mestre Clóvis animando a criançada |
Na manhã do domingo (22/09/2013)
fomos a campo capturar imagens para o documentário do projeto e dados para a
pesquisa de mapeamento quando, por indicação do nosso grande guia cultural e
articulador 'Sebastião César', visitamos a casa do Mestre Zé Preto e dona Rosa, sua esposa, que nos acolheram e apresentaram a Mazurca (dança popular em pares,
coreografada a partir da batida dos pés como uma espécie de marcação percussiva)
e emocionaram a equipe ao entoar a “incelença” (canções populares ligadas aos
rituais fúnebres).
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Equipe Boca de Cena em pesquisa na casa de mestre Zé Preto e dona Rosa |
Apesar de Monteiro não possuir
representantes da prática do teatro de bonecos popular, foi um enorme prazer
para os integrantes da Cia Boca de Cena aprender e conhecer a Mazurca, o Teatro
Jansen Filho, a Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores, o espaço de
artesanato Casa Progresso e seu proprietário Paulo, o memorial Pinto do
Monteiro e se deliciar nos dias quentes e noites frias da cidade.
Mas o encerramento à noite bem
que poderia ser o máximo para fechar com chave de ouro este belo recomeço não é
mesmo? Porém, ficou incompleto! Infelizmente, por problemas técnicos na
estrutura física do local sugerido pela Prefeitura Municipal da cidade, a
caixa de energia elétrica que dava suporte ao local do evento não suportou os
equipamentos o espetáculo ‘Colcha de Retalhos’ que não pode ser finalizado. Ficamos
às escuras por três tempos consecutivos, o que nos obrigou a encerrar a
apresentação da Cia Boca de Cena para preservar nossos equipamentos de possíveis danos
maiores, como também os equipamentos dos comerciantes que ali estavam.
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Mestre de cerimônia do espetáculo 'Colcha de Retalhos' - Coelho Banzé |
Mesmo assim, o público que
praticamente lotou o Parque das Águas, mostrou-se satisfeitíssimo com a
passagem do projeto por lá e as apresentações do teatro de bonecos popular.
É isso aí gente, voltamos de
Monteiro com todo o gás necessário para continuar explorando toda a riqueza
cultural e artística da Paraíba de um canto a outro. Com nossos sinceros
agradecimentos ao patrocínio do Governo do Estado da Paraíba, através da
Secretaria de Estado da Cultura e apoio cultural da Prefeitura Municipal de
Monteiro, semana que vem tem muito mais!
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Descortinando a tenda para apresentação do babau |
Texto - Anderson Santana
Supervisão Pedagógica – Amanda Viana
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