Colaboradores

terça-feira, 7 de agosto de 2018

A Caravana registrou a luta do povo são-joanense pela manutenção e preservação do seu patrimônio

Um dos pressupostos para a coexistência dos patrimônios culturais diante da contemporaneidade é que as comunidades se identifiquem com eles e os reconheçam a fim de gerarem o sentimento de pertencimento e, a partir daí, formarem uma consciência preservacionista para as atuais e futuras gerações.
Desde o início das ações em São João do Rio do Peixe na sexta-feira (03/08) pudemos perceber iniciativas de participantes do minicurso patrimonial em lutar para manter o patrimônio do município vivo e atuante. Isso nos deixou emocionados e, quando pudemos vivenciá-los de perto durante pesquisa de campo, ficamos encantados.
Certificação dos participantes do minicurso patrimonial
Professores como Wlisses Estrela e Edilson Tomaz, além do escritor Rogério Galvão são autores de publicações que remontam a história e culturas da cidade, inclusive este último concorreu ao prêmio Rodrigo Franco de Melo do IPHAN em 2017 pela obra "São João do Rio do Peixe - Retratos de Uma História".
Foi interessante ver que a iniciativa popular está gerando bons frutos, como no caso da 'Campanha Salve a Estação' que arrecada fundos e gera parcerias para a restauração da antiga estação ferroviária municipal, da qual idealizadores do projeto pretendem transformar em importante centro sócio-cultural local. A continuação das obras para essa grande transformação caminha sob orientação dos órgãos de fiscalização e também de sua contribuição, colabore!

Ainda no sábado (04/08) pela manhã, tivemos o privilégio de visitar espaços como o Museu Otácia Rocha, cujo 'herdeiro' - Joãozinho, se dedica a manter mobiliário, artefatos, documentos e objetos antigos que remontam à história de gerações familiares intimamente ligados ao município. Lindo de se ver!
Equipe da Cia com Prof Wlisses e Joãozinho
Depois, fomos ao Parque Cultural O Rei do Baião na zona rural da cidade, de onde sentimos profunda admiração pelo incrível Chico Cardoso - escritor e idealizador deste rico espaço que, no alto dos seus mais de 70 anos, luta pela manutenção dos cenários que elencam obras de personalidades artísticas e políticas, além de novas edições do Festival de Músicas Gonzagueanas (FESMUZA) que, infelizmente, passam por crise de manutenção.
Vida e luta dedicados à cultura popular - Sr Chico Cardoso
Retornamos com todo o gás para o centro da cidade, quando no fim da tarde iniciamos o processo de montagem para apresentação do espetáculo Tem Boi no Algodão. A ansiedade foi sentida por nossa equipe, pois horas antes do início da atividade, a criançada não arredava o pé da praça e contava as horas para vivenciar o babau.
Como desde a chegada da Cia, fomos abraçados e muito bem recepcionados pelo povo são-joanense. A praça lotou e ferveu com a interatividade e alegria da população que nos deu o imenso prazer de, até agora, ser o maior público já registrado pelos nove municípios onde o projeto passou.
Público enorme e lindo de viver
O carinho e sede de cultura popular demonstrado a nós pelo povo ao final da noite só nos encheu de satisfação e ânimo, apesar de muito cansaço. Renovados fomos por bons exemplos e efervescência da gente desse lugar.
Nosso muuuuuuuuuuuito obrigado aos parceiros e apoiadores dessa experiência: professores, gestores e Secretarias Municipais de Educação e Cultura. O projeto continua com ações culturais realizadas pela Cia Boca de Cena em parceria com IPHAEP, nossa próxima parada será em Princesa Isabel, aguardem!


Professores agraciados com kit patrimonial e livro

Depoimento emocionado da filha do mestre Moisés

Acervo riquíssimo no Museu Otácia Rocha

Capela linda no Parque Cultural O Rei do Baião

Praça lotada por um público maravilhoso

Cia junto à equipe municipal da educação e cultura

Um comentário: