Em reconhecimento ao trabalho e legado dos mestres bonequeiros do nordeste do Brasil, o Governo Federal, através do Iphan, lançou o "PRÊMIO TEATRO DE BONECOS POPULAR DO NORDESTE - Mamulengo, Babau, João Redondo e Cassimiro Coco - Edição 2015.
Um importante ato, porém mesmo sendo uma inscrição aparentemente fácil de se fazer, pelas formas descritas no edital, muitos bonequeiros ainda apresentam dificuldades nesta ação.
Os motivos são inúmeros desde a falta de escolaridade familiar, ao descompromisso do poder público local de algumas cidades.
A Cia Boca de Cena, não é uma entidade representativa de classe, ou seja, não é uma Associação de Bonequeiros, mas temos a missão humana de apoiar e ajudar estes mestres. E pensando numa força tarefa realizamos uma expedição prol inscrição.
Dessa forma, montamos duas equipes de trabalho que percorreu os caminhos do Babau da Paraíba rumo as cidades dos mestres ( Cajá, Mari, São José dos Ramos, Mogeiro, Pedras de Fogo, Guarabira, Bananeiras e Cruz do Espírito Santo) para divulgar e ajudar na viabilização da inscrições.
Em doze horas de exaustivo trabalho, conseguimos conversar com os mestres e suas famílias, como também buscamos dialogar com gestores públicos para apoiar a ação.
 |
| Mestre João Araújo da Cidade de Pedras de Fogo com Amanda Viana |
 |
| Mestre João Araújo, assinando a ficha de inscrição |
Confessamos que não foi fácil ver o desinteresse de alguns por tão importante iniciativa de premiação, encontramos secretárias de cultura, que se quer demostraram satisfação em nos receber.
A cultura popular, infelizmente está a mercê da sensibilidade e a falta de respeito e valorização culminam em situações de extremo abandono.
Enfim, vamos em frente continuar nossa trajetória perpetuando nossa energia positiva de que sempre a haverá pessoas sensíveis, que nunca deixaram arte popular findar nas pastas dos burocráticos das gestões públicas.
Viva o Babau
Viva a Cultura Popular!
AMANDA VIANA - CIA BOCA DE CENA
É o que sempre acontece comigo para preencher esses editais , dificilmente consigo em parte pela falta de conhecimento nas mídias sociais , virtuais e tais e principalmente pela burocracia dos órgãos em geral. O próprio IPHAN deixa a sujeita como eu embarrerada na porta toda vez que preciso falar com o diretor Cláudio Nogueira ou outra pessoa e olha que não sou nenhuma "leiga" ou desconhecida do movimento cultural paraibano , nacional, internacional , sou militante há mais de 5 décadas. Parabéns a iniciativa e ao prêmio, parabéns aos MESTRES, ao IPHAN pela quebra no protocolo das cidades interioranas onde as desinformações chegam pouco. AXE
ResponderExcluir